O jeito mais fácil de prejudicar o motor de sua moto é não cuidar da lubrificação. A troca de óleo periódica de sua Honda deve seguir o prazo recomendado pelo manual do proprietário à risca. Os intervalos da troca do lubrificante podem acontecer por quilometragem rodada ou por tempo decorrido desde a última troca. Assim, a resposta à pergunta “quando trocar o óleo da moto? ” está lá, no manual do proprietário, cuja cópia em PDF pode ser baixada no site Honda de pós-venda (inclusive de alguns modelos já fora de produção).
Uma dúvida frequente, especialmente de motociclistas menos experientes, diz respeito sobre qual seria a melhor marca de óleo para sua Honda. Não tem mistério: o melhor óleo lubrificante é aquele recomendado pelo fabricante, que foi determinado por critérios técnicos visando atender todas as especificações desejadas pelos projetistas dos motores.
Recentemente a Honda desenvolveu o óleo de moto Honda, um semissintético criado especificamente para os motores da marca. O óleo Pro Honda é aquele que vai no motor de sua moto desde primeiro momento da vida, o que abastece a linha de montagem das motos zero km. Manter inalterada a especificação exata, e proceder a trocas dando prioridade a este óleo é, de longe, a melhor escolha.
Com relação ao momento certo da troca, antes de dar ouvido aos conhece “entendidos” ou outras fontes informação, tenha em mente que ninguém melhor sua Honda que o fabricante e seus representantes, os mecânicos credenciados da rede de concessionárias. Se você é daqueles que roda pouco, o prazo será determinado por tempo e desconsiderar este limite é um risco. O óleo, mesmo se sua moto não for usada, envelhece e perde suas propriedades, daí ser necessária a substituição mesmo sem praticamente ter usado a moto. Já aqueles que rodam muito precisam ficar atentos à quilometragem limite determinada, que varia de acordo com cada modelo. Sempre verifiquem o manual para se informar com quantos km se faz a troca do óleo da sua moto.
No caso de uso intenso, o óleo precisa ser trocado com maior frequência pois se os ciclos de funcionamento do motor, o esquenta e esfria, são intercalados por uma utilização extrema – clima excessivamente quente, alta rotação durante longos períodos, regiões poeirentas – o “trabalho” do óleo na contenção de atrito e equilíbrio térmico do motor é mais exigido, o que reduz gradualmente a capacidade do óleo de proteger o motor.
Como você leu acima, a tarefa do óleo não é apenas o de lubrificar o motor, limitando atrito das partes metálicas e assim, reduzir desgaste. Outro papel fundamental é o de agir na manutenção de temperatura de exercício o mais constante possível, limitar variações extremas e, por consequência, a contração e dilatação exagerada de componentes metálicos.
Uma palavrinha importante do universo dos lubrificantes é “multiviscoso”, que determina que o óleo de seu motor é capaz cumprir bem seu papel em diferentes situações de temperatura. Por exemplo, o óleo Pro Honda 10W30 atende a especificação de viscosidade variável na qual o número 10 indica a capacidade de ser muito fluido em baixa temperatura, ou seja, alcançar as partes mais estreitas e escondidinhas do motor por conta de uma grande fluidez decorrente de baixa viscosidade quando o motor está frio. Conforme a temperatura do motor vai subindo, esse mesmo óleo é capaz de alcançar um índice de viscosidade 30, três vezes mais viscoso de quando frio, ou seja, mais adequado a proteger as partes do motor em altas temperaturas, nas quais o “filme” de óleo, a camada entre componentes, precisa ser mais espessa para reduzir atrito e conter o excesso de temperatura.
Como visto, ter dentro de seu motor um óleo bom para moto e de alta qualidade como o Pro Honda, de especificação correta, trocado de acordo com o prazo que determina o fabricante, é a garantia de ter uma máquina com o máximo de sua durabilidade, performance e economia. E, lembre-se sempre: óleo é um componente barato, e qualquer “pão-durice” relacionada às suas trocas se reverte em despesas muitos mais elevadas no futuro.