Andar na garupa de uma moto ou scooter é uma delícia. E também quem pilota pode se divertir mais em um passeio quando está acompanhado. Porém, é preciso respeitar algumas regras básicas para que o trajeto – seja ele um breve passeio ou uma grande viagem –, transcorra sem problemas.
Como andar na garupa? Primeiro é importante lembrar que o equilíbrio de motos e scooters é sempre alterado pelo peso que elas carregam. Motos leves quando ocupadas por dois felizes humanos (afinal, andar de moto é sempre muito legal!), são as mais sujeitas terem seu comportamento dinâmico mudado já que a massa (o peso) da galera a bordo muitas vezes supera o do próprio veículo.
Quanto maior e mais pesada for a moto, menor será a mudança sentida na pilotagem quando a parte traseira do banco estiver ocupada. Mas mesmo assim, a tocada com garupa exige cuidado, e levar em conta que independentemente do tamanho da scooter ou moto (ou dos humanos…), os espaços de frenagem serão aumentados, as mudanças de direção e as acelerações mais lentas do que quando se está só.
O bom senso, sempre ele, é de grande ajuda na hora de pilotar qualquer moto ou scooter. E quando o assunto é garupa, se você for inexperiente ao guidão, o melhor é rodar sozinho até se sentir seguro. Não arrisque machucar ninguém e nem a você mesmo caso ainda não tenha um bom domínio do guidão, o que virá apenas com horas e mais horas de prática.
Respeitar o que diz a lei em relação à garupa é outra regra básica: usar capacete homologado e em bom estado é obrigatório para ambos, piloto e acompanhante, e além disso calçados apropriados, roupas resistentes ou, melhor ainda, trajes específicos para motociclistas, com proteções nos ombros, cotovelos e joelhos. Ah, e não esqueça das luvas, pois mãos raladas é algo sempre muito incômodo.
Recentemente a regra que estabelece a idade mínima das crianças que podem andar na garupa mudou. Antes a lei determinava sete anos de idade, agora passou para dez anos, e respeitar essa regra não é apenas uma questão de evitar multa, mas sim preservar a integridade física da garotada.
Uma vez bem equipados e respeitando a lei, piloto e acompanhante da moto ou scooter devem estabelecer um pacto, que poderia se chamar “unidos venceremos!”. Quem pilota deve ensinar como o garupa deve se posicionar na moto, e os movimentos de ambos devem ser harmoniosos, coordenados como em uma dança de salão. Quem pilota conduz, e ao passageiro ou passageira cabe ser conduzido, acompanhar os movimentos.
O melhor posicionamento para andar na garupa de uma moto é manter uma mão na cintura de quem pilota e outra na alça lateral. Isso ajuda no equilíbrio na hora acelerações mais fortes e também a sustentar o corpo nas frenagens.
Prestar atenção no trajeto, e não apenas ficar olhando a paisagem, e outra atitude necessária do bom garupa. Em caso de freada forte, o piloto não pode ser escora de todo o peso de quem está distraído, molenga no banco. Idem naquela arrancada mais rápida, onde vai pegar muito mal (e doer…) se moto e piloto forem embora e o garupa cair sentado no chão!
Conselho final: se piloto e garupa estiverem atentos e seguirem as regras básicas, rodar em dupla na moto ou scooter se transforma em uma grande alegria, e experiência a ser repetida.