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MOTOPEL HONDA

Viagens: moto grande ou moto pequena?

Quando em uma rodinha de motociclistas o assunto é viagem de moto, a maioria tende a concordar com o fato de que, quanto maior a motocicleta, melhor será a viagem, correto?

Teoricamente sim: motos de maior porte tem motores mais fortes, que as ajuda a manter sossegadamente as velocidades exigidas nas rodovias e ainda dispor de reserva de potência na hora da necessidade, como nas ultrapassagens, além disso tendem a ser mais confortáveis.  Porém, a realidade vista em nossas estradas é diferente. Grande parte dos deslocamentos rodoviários são feitos em motos pequenas ou médias. Isso é um problema?

Não exatamente. Ter uma moto grande é coisa para poucos, a na falta dela realizar grandes trajetos não pode ficar só no sonho. Aqui mesmo no Blog publicamos a história do José Albano, protagonista da Série Especial “A vida (de moto) começa aos 40”,  onde o fotógrafo cearense relata em quatro capítulos como cruzou o Brasil de Norte a Sul e vice-versa ao guidão de uma Honda ML 125 de 1984.

A experiência de Albano foi radical, exagerada até, mas exemplo claro de como “menos” pode ser “mais”. Ele explorou sabiamente as características de sua pequena moto em uma condição de uso para a qual ela não foi projetada, minimizando deficiências e aproveitando suas vantagens.

Quais seriam estas vantagens? Primeira delas a economia, seja de combustível como a de aquisição e manutenção. Para quem tem orçamento limitado e quer – ou precisa – encarar uma viagem, uma moto menor bem conservadinha é melhor do que um modelo maior, mais caro, mas que pode te deixar na mão, e só quem já ficou plantado no meio de uma estrada sabe como é ruim uma pane em rodovia.

Outra qualidade das motos pequenas é a manutenção: se um pneu furar ou algo mais complicado acontecer, como a quebra da corrente de transmissão ou pane por causa de combustível adulterado, estar em um modelo mais simples e menor (e consequentemente mais comum), significa maior probabilidade de solução do problema de maneira fácil e rápida, e assim poder prosseguir a viagem.

É claro que antes de encarar qualquer trajeto mais longo de moto a “lição de casa” deve ser feita, e isso significa fazer uma revisão completa de motor, transmissão e suspensões, ter pneus em bom estado, corretamente calibrados, e jamais exagerar na bagagem, coisa que em motos maiores não representa um grande problema, mas que nas menores afeta demais a dirigibilidade, tornando a pilotagem mais arriscada.

facilidade de pilotagem é outro fator a ser analisado, pois dependendo de sua experiência, assim como do trajeto, uma moto maior, mais pesada e/ou muito potente, pode causar mais problemas do que satisfações.

Moral da história: tamanho não é documento. Se você quer ou precisa viajar, não desista por não ter uma touring ou uma bigtrail. Planeje seu trajeto com cuidado, pilote com extrema atenção e conscientize-se que estar em uma moto, grande ou pequena (principalmente!), no meio de carros e caminhões em velocidade elevada, exige bom senso e plena concentração. Pegar a estrada é ótimo, mas chegar ao destino são e salvo é excelente… seja qual for o tamanho de sua motocicleta!

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